Revisão do Plano Diretor de Itumbiara
Relatório Reunião Setorial
IFG – Instituto Federal de Goiás / Campus Itumbiara
Data: 18/11/2021
Hora: 9h
Local: Virtual pelo Zoom e transmitida pelo youtube da Prefeitura de Itumbiara
Marcos Freitas
O IFG está em Itumbiara desde 2008. A instituição se encontra integrada com a comunidade de Itumbiara, e também das cidades vizinhas. O IFG promove ações voltadas para o ensino, a pesquisa e a extensão que fazem a diferença para a comunidade e tem como objetivo transformar a sociedade através da educação. Melhorar a vida da comunidade dando oportunidade para um futuro bem sucedido. A educação muda a vida das pessoas para melhor. Nossa equipe é formada por cerca de 120 servidores e mais 30 colaboradores terceirizados. A maioria dos docentes é formada por professores com mestrado e doutorado. Os servidores técnico- administrativos também tem alta formação. Temos 1100 alunos matriculados. Quatro cursos de nível médio. Tecnico em eletrotécnica, química, (…) Mais quatro cursos de nível superior: Automação, química… E especialização em ensino de ciências da matemática. Os alunos também desenvolvem pesquisas. Alunos também podem receber auxílio financeiro de assistência estudantil. Nos 13 anos que o IFG está percebemos uma mudança na vida das pessoas que passaram pelo Instituto. O Campus apresenta excelentes números desde 2014, ocupando o primeiro lugar no ENEM entre as escolas públicas de todo e Estado de Goiás. Também é a primeira colocada no ENEM de todas as escolas de Itumbiara. Tem nota 4 no ENADE de avaliação dos cursos superiores. Também apresenta excelente resultado na pesquisa, sendo contemplado com 11 milhões de reais para serem aplicados em projetos de pesquisa, verba dividida entre os outros 12 campus do IFG. O Campus fica feliz em saber que a prefeitura atenderá a necessidade que temos de transporte público, que é uma demanda grande que temos por parte dos alunos que vem de bairros distantes. Também considera as ciclovias um tema importante e extremamente relevantes para o acesso dos alunos ao Campus. Há também uma preocupação com a segurança no entorno do Campus, tivemos alunos e servidores que foram assaltados. Também sugerimos a instalação de placas de sinalização pela cidade para mostrar onde fica a instituição ajudando a divulgar a instituição. Aumentar a segurança para os alunos no entorno do Campus, com redutores de velocidade para evitar atropelamentos. A instituição tem a intenção de crescer cada vez mais. Além dos 8 cursos oferecidos, há intenção de oferecer novos cursos. Estamos construindo um plano de oferta de cursos e vagas para ampliar a contratação de professores e servidores e já foi aprovado um curso de Formação Continuada em instalação de painéis fotovoltaicos com 160 vagas novas. O IFG também pode colaborar com a prefeitura nos temas de energia renovável, com energia solar e biodigestores.
Professora Noemia
Acessibilidade tanto para a UEG quanto para o IFG. Também precisamos melhorar a sinalização da cidade para indicar as localizações das universidades. Lutamos muito para que as ciclovias sejam implantadas, tem o Décio Carvalho, tem o acesso ao IFG. Muitos alunos já foram assaltados no caminho para as universidades. Estamos torcendo para que a revisão do Plano Diretor saia de forma rápida e justa. Parabenizou a capacitação dos servidores que a ARCA está fazendo junto com a Prefeitura. A UEG e o IFG são nosso orgulho.
Aline
Servidora do IFG, esteve na direção do Campus por 8 anos e está na equipe de gestão. Parabenizou pela construção participativa do Plano Diretor e a importância da democracia e transparência. Segurança, transporte e sinalização como apontou o Marcos são temas importantes para nós. Tanto o IFG quanto a UEG ficam nos cantos da cidade e é importante a sinalização para orientar o acesso das pessoas os campus. O transporte público é um dos grandes problemas sociais já apontados pelos estudos realizados pelo Campus IFG, apontados pelo Professor Nelson. Precisamos de um terminal central para o transporte público. Um aluno que vem do bairro Amarulina ou do bairro Nossa Senhora da Saúde para o IFG dificilmente terá uma linha que fará todo o percurso para chegar até a instituição. OU na Beira Rio ou na Praça São Sebastião, ligando o centro a outros pontos da cidade. Uma boa parte dos alunos se deslocam por meio de vans, o que onera o transporte dos alunos. Araporã tinha o transporte escolar para mandar seus alunos para o IFG com transporte escolar. Da Zona Rural ela desconhece se existe esse acesso para o IFG. O IFG paga um auxílio para ajudar os que tem vulnerabilidade social para ajudar a pagar as vans de 120 reais, mas não é suficiente para pagar os custos mensais de transporte.
Camila (pelo chat)
Sugeriu transporte público integrado para que os alunos não precisem pagar duas vezes. Sugere também passe estudantil gratuito para o acesso dos alunos ao campus.
Ruan
Sugeriu implantar projetos que divulguem as universidades dentro dos colégios. Projetos para ajudar os alunos a entenderem suas vocações e conhecerem os cursos e as universidades. Sugere um centro de convivência para os alunos permanecerem mais tempo no Campus.
Jose Marcio Margonari
Em 2006, temos alguns colegas aqui que participaram da elaboração naquela época, passamos por dificuldades que podem estar acontecendo agora. Tivemos uma Comissão de 30 membros mas da qual participavam 10 pessoas. Essa revisão chega em ótimo momento, mesmo que tardiamente. Desde 2012 estamos insistindo por essa revisão, mas as gestões anteriores não criaram as condições para que ela fosse feita. Estamos preocupados com a ausência da UEG na reunião. Sugere convênios da Universidade com a prefeitura de Itumbiara e de outras cidades da região onde a prefeitura possa disponibilizar recursos e as universidades sua estrutura e com isso a prefeitura e a população ter ganhos e benefícios com esses convênios. Pode fazer asfalto, sinalização, outras ações importantes para a cidade. Tanto a UEG quanto o IFG tem um corpo técnico qualificado que pode contribuir para os avanços de planejamento da cidade. Sobre a mobilidade, o acesso com transporte público subsidiado para os estudantes, porque os alunos quase sempre são de baixa renda, precisa ser incentivado com subsídios para ter economia financeira e ganho de saúde altamente benéfico. Sugiro também, dentro do que propomos no Plano Diretor quanto a questão ambiental, que seja implantado o IPTU ecológico na cidade. Incentivo a energia solar, permeabilidade, preservação. O IFG pode ajudar a construir essas ações. Nesses convênios, ou cooperações financeiras e técnicas, é possível pensar em um restaurante universitário nessas unidades. A casa do estudante para amparar os que moram fora. Para o professor também porque muitos residem em outras cidades. Esses recursos estão contingenciados pelo Estado e pelo Governo Federal, que os convênios com o município podem viabilizar. Propõe um chamamento aos saberes para a gestão dos resíduos sólidos com a qual o IFG pode contribuir com sua capacidade de geração de tecnologia para ajudar Itumbiara para implantar a reciclagem e a política nacional de resíduos sólidos.
Vicente Camilo
Concordou com a ideia do Ruan de construir um local onde possam ficar os estudantes no Campus (habitação estudantil). Propõe construir um pequeno bairro onde possa fazer esse tipo de ação, com quitinetes. Construir uma cidade modelo onde possamos aplicar na prática instrumentos que possam ser aplicados em toda a cidade. Nessa região as cidades tem terreno muito inclinado, isso atrapalha a mobilidade dos idosos. Isso acaba exigindo a implementação e ampliação do transporte público. Onde existe a construção de novos bairros se houver planejamento, o uso de transporte público pode ser menos necessário. Sugere a implementação de bairros em terrenos mais planos, criando parques nos terrenos mais inclinados. Normalmente as ruas são muito estreitas nos bairros mais afastados. A pavimentação pode ser feita com paralelepípedo ou tijolinhos em vez de asfalto para agredir menos o meio ambiente na construção da matéria prima para a pavimentação e impactar menos quando houver necessidade de ampliação na rede de água ou pluvial. Eu vim da cidade de Monte Carmelo, onde as ruas eram feitas com paralelepípedos e depois do asfaltamento todas as ruas começaram a dar problema, porque o asfalto é muito mais frágil. A redução de gasto com pavimentação é enorme, porque a manutenção é feita com o mesmo paralelepípedo que foi deslocado para o acesso ao subsolo. Em relação aos lotes muito pequenos, eles geram muito incomodo aos vizinhos e está sendo feito de forma muito agressiva. Tem que ter um limite mínimo para o tamanho dos lotes. Os lotes pequenos também atrapalham a drenagem de água das chuvas. Os lotes precisam ser maiores e limitar a área construída para manter áreas permeáveis e aumentar o distanciamento das casas. A população no Brasil era de 70 milhões de habitantes em 1960. De 1960 a 2000 essa população aumentou para 210 milhões. O êxodo rural acelerou o ritmo de vida e contribuiu para o aumento populacional. As cidades precisam reverter os problemas causados por esse crescimento e fazer com que a vida das pessoas seja mais agradável nas cidades, com transporte, diminuindo os deslocamentos de grandes distâncias dentro das cidades. Planejamento para instalação de pequenos comércios nos bairros, tornar o ambiente dos bairros um lugar mais familiar, ajudando a segurança pública. A prefeitura pode colocar guardas municipais nos bairros com pessoas criadas no próprio local (guardas comunitárias). Propõe distância entre os bairros, limitando seu crescimento. Sem quebrar os lotes. Construção de parques ecológicos entre os bairros, mantendo as reservas que ainda temos preservadas. Acompanhamento da prefeitura dos projetos das casas, orientando a reserva de recuos laterais e de fundo e das áreas permeáveis. A cidade fica mais espraiada, mas menos densa. O ritmo frenético tende a diminuir e a criminalidade também (teoria dos vidros quebrados). De agora para um futuro próximo podemos alterar porque a construção civil está acelerada e as casas deviam já ter energia solar e todas essas regras que disse anteriormente. Nas ruas, as calçadas devem ser largas para abrigar o plantio de árvores. A pavimentação feita com paralelepípedos absorve menos calor que o asfalto e a temperatura é mais amena. A arborização também ameniza o calor, seguindo o modelo de bairro americano, mas em um modelo menos rígido do que eles fazem nos EUA. Ruas mais largas podem abrigar melhor os estacionamentos e todas essas regras precisam ser observadas. A respeito dos resíduos sólidos, eles precisam ser reciclados para ocupar menos espaço nos lixões e reaproveitamento dos úteis. Todas essas ideias já podem ser aplicadas na construção de uma cidade universitária que já poderia testar esses parâmetros todos.
Fernando dos Reis
Professor do IFG Itumbiara. Reside parte do tempo em Itumbiara e parte em Uberlândia. É professor do Campus desde 2009 e está na coordenação de ensino. Transporte público é um ponto sensível para a cidade. O campus está na Vila de Furnas e nosso público alvo está em bairros distantes dessa região e dispõe de poucas opções para acesso ao campus, especialmente no período noturno. Muitos depende de transporte privado e o auxilio transporte dado pelo IFG não é suficiente para pagar o transporte, que nem mesmo atende a toda a cidade. Do ponto de vista ambiental é preciso investir em transporte coletivo, é um ponto bastante importante pensar nele. Também precisamos pensar nas ciclovias para dar acesso a cidade por esse outro modal de transporte. Do ponto de vista dos alunos do noturno é preocupante a segurança e iluminação na região. O curso termina entre 22 e 22:30 da noite, e especialmente as alunas ficam com medo de voltar para casa por questões de segurança. O transporte que outros municípios ofertam para seus estudantes, não sei dizer se é gratuito ou se cobrado, tem de Bom Jesus, Buriti Alegre, Cachoeira Dourada. Pela localização, esses ônibus ficam estacionados no entorno do Campus do IFG, sem um local adequado para eles. Podemos pensar em locais de refúgio para esses ônibus ficarem durante o período de aulas. O IFG tem toda a possibilidade de contribuir com a mobilidade, o professor Nelson fez um grande projeto com os alunos do Campus que fica a disposição para a revisão do Plano Diretor. Ruan falou sobre a apresentação do IFG para a comunidade, temos um projeto chamado Conhecendo o IFG no qual trazemos os estudantes para passar uma manhã ou uma tarde conhecendo o Campus e os cursos para fazer uma melhor inserção do IFG na comunidade.
Ângelo Cavalcante
O Plano Diretor por princípio tem que expressar o sentimento público. Cidade é movimento, mais que a mobilidade, ela é movimento. A mobilidade remete ao fluxo de ir e vir, o movimento é mais complexo, interações entre vizinhos, é muito mais amplo. O que impede desse movimento ser mais qualificado, mais fluído? Tem uma escola na França, no século XVIII havia um grupo de cientistas que estudavam o movimento da cidade e que lançam um texto fundamental. Eles usam uma metáfora do corpo humano. Os órgãos do corpo são fundamentais e precisam funcionar para que o sangue flua em uma dada velocidade e pressão. Essa metáfora eles usam para falar da cidade e seus fluxos. Existem grandes cidades que são fundamentais para a economia. A cidade precisa fluir e isso é bom para economia e isso vai gerar depois o liberalismo, inclusive com seus desvios. No caso da nossa cidade, como se da o movimento dentro de uma cidade toda apropriada pelo capital especulativo, na sua fase mais dura. Sou professor da UEG, estamos no final da Modesto de Carvalho, no entremeio dos bairros mais pobres da cidade e o problema de transporte é muito grave para nós. A Modesto de Carvalho é um drama. Só tem uma via agora, é uma obra inacabada. Animais soltos na pista. Em 17 de janeiro a UEG volta com tudo presencial, acabou o ensino remoto. Os perigos estão dados para essa volta a frequentar a UEG. Existem necessidades de todas as ordens nos bairros. O bairro pulsa, não são guetos. Em Itumbiara a experiência do bairro foi guetificada, são guetos modernos, por um combinado econômico e político onde a governança local virou uma espécie de apêndice a confirmar as vontades desses setores econômicos, em especial o agronegócio e o imobiliário. Minhas pesquisas apontam que eles estão em guerra brutal. Na região do lago de Itumbiara, que virou uma grande especulação. Dentro de um canavial gigantesco tem condomínios fechados. O dono da monocultura é também o dono do empreendimento imobiliário, mas os conflitos estão abertos de forma permanente. Nessa luta quem perde é a cidade, especialmente a população pobre. Tem cana plantada no centro da cidade. A Beira Rio não é o centro, precisamos olhar o mapa. A Beira Rio nunca foi importante, passa a ser importante quando o fluxo de água é controlado, mas as elites nunca moraram ali. Agora que não há enchentes aquilo ganha outro sentido, e era tudo área pública que agora foram transferidas para a iniciativa privada. Não dá pra colocar no Plano Diretor que a cidade precisa de sinalização porque isso é óbvio, a cidade precisa de sinalização. Temos que reinventar a cidade, não podemos apenas copiar e colar o plano diretor anterior. A cidade precisa reelaborar seu território, ouvir as comunidades, integrar as culturas. Os ciganos séculos de história e precisam ser acolhidos, os negros, os nordestinos, vivem em bairros segregados. Precisamos mitigar essas assimetrias, ou não teremos uma cidade. Não tem cabimento toda a cidade concentrada na mao de 20 familias. Como vamos discutir a qualidade das águas, do ar, onde eles borrifam veneno o dia todo. A cidade tem fome, os restaurantes populares é uma política antiga que não temos aqui. Estamos construindo as bases para um barbarismo que vai nos levar para a idade média. Nossos alunos passam fome, tem muitos de nossos alunos que não tem dinheiro para a comida. A cidade está no corpo das pessoas, na sexualidade, a cidade pode ser fonte de felicidade ou de desgraças. A cidade é interna, está no nosso coração, na nossa cabeça, nos nossos projetos de vida. A cidade é o locus. Quero dar essas contribuições, denunciar o caráter exclusivista e segregador. Todos nós temos que morar, e onde vamos morar? Não podemos morar em baixo de pontes, em árvores. O homem é o único ser que inventa mecanismos intermediários para a sua relação com a natureza. Ele redefine sua relação com a natureza por meio do trabalho. Aqui na nossa cidade querem empurrar mais da metade da população para condições animalescas. Estamos aqui discutindo comida. É um atraso gigantesco por conta das elites locais que só tem compromisso com seu acumulo de capital e poder, não com a população.
Mauro Rodrigues (pelo chat)
Sugere a implantação de ciclovias nos projetos dos novos loteamentos.
José Augusto de Toledo Filho
Secretário de Meio Ambiente, engenheiro civil e agrônomo. Participou da implantação da Secretaria de Meio Ambiente desde o começo. Temos uma minuta de um projeto para o IPTU verde, realizada dentro do curso de especialização em planejamento urbano que já está em discussão e pretendemos fazer avanças. Sobre o Plano de Resíduos Sólidos já estamos também avançando para fazer as contratações necessárias e discutir com a sociedade a sua implantação. Dois planos que também estamos trabalhando na Secretaria é o Plano de Arborização Urbana, que temos dois colegas trabalhando nele no Curso de Especialização. Vamos investir no viveiro da cidade para a produção de mudas e subsidiar essa arborização. Semana que vem precisamos discutir os Parque Urbanos porque temos muitas áreas frágeis, de nascente e de preservação que precisam ser protegidas. Então precisamos pensar e discutir esse tema na semana que vem. Aproveitando a presença dos professores da UEG e do IFG, o Plano Diretor também engloba a área rural. Gostaria de colocar essa situação para que os trabalhos de conclusão dos alunos sejam preferencialmente voltadas para resolver questões nas áreas urbana e rural do município. Projetos que possam ser aplicados aqui na comunidade.
Angelo Cavalcante
Sobre o transporte público, temos zero aqui na cidade. Não temos ônibus para servir ao povo. Sempre teve a proposta de desfazer as praças para construir os terminais. A praça não é um lugar vazio, não é um não lugar sujeito aos humores dos gestores. É um espaço de sociabilidade. Há muito significado nas praças, elas têm um papel nas vidas das pessoas. Ao redor da Praça São Sebastião tem um monte de áreas que podem ser convertidas para o uso público. As praças não podem ser desfeitas. A gente precisa aprofundar esse debate.
Lista de presentes.
Pela Comunidade:
Marcos Freitas
José Marcio Margonari
Fernando dos Reis de Carvalho
Aline Barroso
Camilla
Gabriel Diniz
Keldson
Larissa França Silva
Luis Gustavo
Luiz Romeu
Mauro Rodrigues
Ruan de Pula Dias Santos
Vicente Camilo
Lucilene
Professora Noêmia
Josemar
Artur
Wildson
Plinio
Guilherme Toledo
Eric
Luis Gustavo Wesz
Aline
Angelo Cavalcante
Wildson
Pela Prefeitura e ARCA
Davi Finotti
Gerson Neto
José Augusto Toledo
Wender Borges
Néude Côrtes
Roberta Ribeiro